domingo, 15 de dezembro de 2013

Abençoa, Senhor, a minha também.


Ontem, fechamos o último de cinco casamentos seguidos. Se você for mulher, está pensando assim: haja vestido! rs. Foi o que pensei quando recebi todos os convites, mas fazer o quê? Como quase toda brasileira, peguei dois preferidos e me revesei nos casamentos de cidades e famílias diferentes. Deu tudo certo, até as minhas amigas me marcarem no Facebook com a mesma roupa em várias semanas. hahaha. Problema é meu e de quem, como eu, não é filha do dono da dress to :P

Coloquei os mesmos vestidos e os mesmos sonhos. Fui para cada um dos casamentos disposta a lançar sobre eles as mais lindas sementes. Sementes do tipo que eu ainda estou regando em mim e na minha casa, mas que não me custou nada compartilhá-las. 
Levei na bolsa o celular, a carteira, os convites individuais e uma vontade imensa de poder ver as bodas de diamante daquelas pessoas. Sabe por que isso tudo? Porque eu me cansei de gente que empurra com a barriga, de gente que casa por tempo de namoro, de gente que não tem alternativa e gente que desiste do compromisso.

Eu estou afim de gente que fale a verdade, gente que liga o "dane-se" (rs) e resolve remar contra a maré do divórcio. Gosto de gente que quer casar, quer ter filhos e quer viajar pra lua. Eu quero gente otimista. Gente que assume o desafio de ser feliz dormindo junto, mesmo acordando com cheirinho de ontem na boca. rs. 


Pedi a Deus por cada um dEles.
Que haja paciência quando a louça estiver suja e o cônjuge dormindo no sofá. Que haja um pouco de cegueira quando o outro engordar ( e que emagreça rapidinho...haha). 
Que tenhamos sabedoria para lidar com a família, sabendo de cada um o seu lugar. Que a gente tenha discernimento, uma dose a mais de carinho e uma vontade LOUCA  de voltar pra casa pra encontrar o amor da nossa vida ali. 

A gente precisa muito de um mundo melhor e isso está em casa, no cantinho do nosso lar, perto de um banheiro fedorento e de uma cozinha cheirosa - se é que você me entende. 
 Termino como terminei hoje no facebook, com uma oração que me encantou esse fim de semana:


Que nenhuma família comece em qualquer de repente
Que nenhuma família termine por falta de amor
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
E que nada no mundo separe um casal sonhador!
Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte
Que eles vivam do ontem, do hoje em função de um depois
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também
Que marido e mulher tenham força de amar sem medida
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão
Que as crianças aprendam no colo, o sentido da vida
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão!
Que marido e mulher não se traiam, nem traiam seus filhos
Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho
Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também

sábado, 7 de dezembro de 2013

Eu subi uma escada para dormir

Hoje eu subi uma escada que não subia há tempos. Aliás,  subia toda vez que vinha a Arraial do Cabo mas não carregava comigo nenhuma mala. Eu vinha ver, opinar,  limpar....hoje eu vim dormir.
Dormir como não dormia há um ano e nove meses. Ouvi o barulho do mesmo clube de antes, tocando as mesmas músicas de antes. Abri a porta no mesmo lugar de sempre, só que usei outra chave desta vez.

Ela continua verdinha, como se nada tivesse acontecido aqui. As paredes e quartos já não estão no mesmo lugar.  Estão mais bem posicionados agora.   Ainda não tem box, geladeira, sofá e nem panela...mas não fez falta alguma.  Nós só viemos dormir.

Vim dormir no meu passado mais doce. Vim dormir dentro de um sonho realizado. Um sonho de piso branco, paredes verdes e portas claras. Preto aqui só tem o que a gente escolheu,  só decoração.
Aos poucos, as coisas estão vindo pra cá,  mas tenho certeza que elas vão se sentir como eu me sinto agora.  Nós nunca saímos daqui.

Não só dormi. Eu tomei banho também. Me enxuguei com felicidade. Tomei dois banhos.
 Um de água por fora e o outro de fé,  por dentro.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

As coisas nunca mudam

Nem o tempo nem os ventos e nem os pontos. É um processo que passa, outro que chega. Agora...mudar? Não. Nada muda.

Cada um tem em si seus medos, seus ladrões e seus boicotes. Tem e sempre terá. Você pode contorná-los, negá-los ou adiá-los, mas continuam pertencendo a você, ao seu monstro, ao seu bom samaritano.
Não se incomode. De forma alguma seria isso ruim. Nada muda para o bem e nada muda para o mal também.

A criança que tomava banho de chuva andando de bicicleta continua tomando banho de chuva quando esquece a sombrinha. A pequena diferença é que hoje ela está de uniforme, sapato bonito e portando uma carteira com alguns documentos de gente grande. Nada mais. Continua a mesma criança. Continua a mesma chuva.

É só uma questão de perspectiva. 
Observe avessamente. Você vai ver que seus brinquedos mudaram, suas responsabilidades aumentaram, mas você ainda quer dormir até tarde, ainda quer faltar aula/trabalho quando está se sentindo mole, ouvir histórias até cansar, acordar sem arrumar a cama,ainda quer comer brigadeiro até ter dor de barriga e entende direitinho quando seu filho quer sair sem hora pra voltar. Você é assim. Até hoje é assim, mas seu sono não te deixa mais, seu trabalho não te deixa mais, sua moral não te deixa mais. Você não se deixa mais.

Aí você complica a engrenagem, não complica? Nada. Não complica não. A engrenagem anda emperrada mesmo. É todo mundo assim, menos os velhinhos. Ahh os nossos velhos, que já não ligam para o que pensam e já tem uma bela imagem formada. Eles, sim, estão por aí fazendo xixi na cama, dormindo até a hora que querem, há anos não pintam o cabelo e rolam no chão com os novinhos sem julgar ninguém. Eles dão balas para as crianças, fazem piadas de sexo (hoje um disse que vai levar um peru pra cada uma lá na clínica...haha) e não marcam hora para ir e nem para voltar. Benditos senhores, dignos do título!

A engrenagem não sabe rodar como antigamente. 
As coisas nunca mudam. As coisas nunca mudarão. Nem os pontos nem os ventos e nem o tempo. Este, principalmente, não muda, só passa.


sábado, 30 de novembro de 2013

Memória de cheiro

Daí você pega uma roupa de festa, que não usa desde o aniversário de 15 anos da sua cunhada, sente um cheiro de queimado e gosta. 

Esquisito.  Cheiro de casa. 
Não é ruim. É só esquisito gostar.
Passou :)

Eu preciso te apresentar alguém



Sexta-feira, como véspera de sábado, é aquele dia em que ninguém está afim de ficar com dor de dente. Graças a Deus, esse motivo tem me feito não almoçar no horário nas últimas sextas-feiras desse mês. 

Ontem, como uma dessas esperas, me aparece um exame para fazer 12h05m. Fui lá na sala de espera receber a paciente e dei de cara com uma mulher de 48 anos de idade, elegante, de óculos de sol e uma filha realmente linda também de 29 anos. Esta última é do tipo que a gente segue no Instagram: uma loira de corpo invejável, sorriso largo e dentro de uma roupa de academia.

A mulher estava de óculos de sol. Não desses muito pretos. Era possível ver seus olhos. 
Eu não fazia ideia do "banho" de vida que eu ia levar na hora do almoço. Sem mais delongas, vou apresentá-la a você (mudando seu nome, antes que me dê um problema diante do conselho).

Pode chamá-la de Deise. Deise sofre de uma doença auto-imune chamada de "neuromielite óptica". A definição eu vou colocar lá no apêndice. Não importa muito aqui. Só para a gente entender melhor, um belo dia sem nada para fazer, o organismo dela entendeu aquele nervo dos olhos como um agressor e resolveu se defender dele, tentando destruí-lo. Nem fiz questão de ler a causa científica, mas, na minha opinião, a causa real é que o olhar da dona Deise ia tão longe que o organismo ficou com medo. Ele sabia que, em algum momento, ela poderia voar sozinha. 

Não condene o organismo. Se você a conhecesse, também ia ficar com medo desse potencial.

Pois bem, ela sentou na cadeira e me contou que descobriu a doença há aproximadamente 13 anos. Dali pra cá, a doença só vem sendo mais cruel (e a dona Deise, mais doce). Hoje ela já não enxerga mais e sente muitas dores no corpo todo, todos os dias, sem mais nem menos. Do diagnóstico até hoje, já esteve tetraplégica, internada no hospital do Fundão por 1 mês fazendo intensa fisioterapia e debaixo de muitos cuidados neurológicos. Saiu do hospital e depois de muito, muito, muito (já disse muito?) esforço, voltou a andar. Hoje ela anda com dificuldade e sente dores neuropáticas em todo o corpo. São como se fossem dores sem estímulo inicial. Doem "do nada" e forte demais.
Perguntei como ela faz para controlar essa dor. Ela me disse que não há controle. A alternativa dos médicos foi passar "Rivotril" para acalmá-la, deixá-la mais lenta, a ponto de ela conseguir conviver com a dor. 

Depois de tudo que ouvi, no meio da conversa, ela me solta assim: 
- Tudo eu aceitei. Todo o processo eu aceitei, mas eu não aceito a cegueira. 

Eu fiquei estarrecida, porque até ali, ela tinha sido natural em todos os pontos, como se já não fosse uma dificuldade. Ela anda exatamente como eu ando, se comunica super bem, sem a menor insegurança e  é muito bem resolvida, sem a menor aparência do cego de bengalas que fica apalpando tudo e com medo de falar sozinho. É bem verdade o que estou falando. Se você hoje encontrasse a dona Deise, você me diria que ela não sofre tudo o que eu disse ou que estou exagerando.
Eu disse isso para ela e falei que ela parecia muito bem resolvida com a cegueira e que eu imaginava serem as dores o ponto mais cruel. Ela me disse que não e me explicou:

- Existem dois pontos onde eu não aceito a cegueira. Eu sempre amei ver o mar. Você não tem noção do quanto. A outra coisa que dói é que todo mundo me fala que as minhas filhas são lindas. Eu lembro que elas eram lindas, mas eu queria saber se continuam e o quanto são. 

Acabou comigo.
Ah! Se esse sistema imune soubesse com quem ele está lidando, desanimaria hoje porque ele não tem força nenhuma com essa mulher. Se todas as células do organismo dela resolvessem doer, ela simplesmente pararia, respiraria fundo e diria o que disse pra mim: quando acontece, eu espero. Porque toda dor passa!



Não tenho nem mais o que falar ou o que postar. Essa história me deixou pouco espaço para "firulas", mas tive que compartilhar. Desde que pensei no blog, não consegui definir um tema do qual eu fosse escrever, mas penso que meu negócio é "gente" e mais "gente" que a dona Deise, impossível.
Parece clichê, mas conheci uma deficiente visual com uma visão trezentas mil vezes melhor do que a minha, que enxergo há 22 anos. 

Por isso tudo, eu precisava te apresentar alguém.







* Por definição, neuromielite óptica (NMO), é uma doença inflamatória e desmielinizante do sistema nervoso central que acomete principalmente os nervos ópticos e a medula espinal, ocasionando diminuição da visão e dificuldade para andar, dormência nos braços e nas pernas e alterações do controle da urina e do intestino.



quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O "porquê" de um blog


Amo as palavras. Brinco com elas como se fossem linhas. Coloco-as do jeito que quero, a meu serviço e as torno capazes de reproduzir o que penso.
Não faço isso porque manjo de português. Faço isso porque acho que, em mim, Deus conectou o coração com os dedos e o primeiro pulsa nos dois lugares. 
Necessito. É vital pra mim.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

De dente na mão e sorriso aberto

Se eu pudesse, criaria um canal com o título "coisas que acontecem comigo". rs. Mas nem sei criar canal e nem tem taantas coisas assim que acontecem comigo.

Mas estava eu hoje voltando de Rio Bonito pra Niterói. Vim de van dessa vez (que Davi não leia isso), mas o combinado era que Davi me buscasse no Terminal (porque, teoricamente, eu vinha by bus).
 
Aí nesse caminho da van para o terminal, no auge da minha pressa pra o meu marido não perceber meu delito rodoviário,  me aparece um sujeito de uns trinta e poucos anos que me pergunta:
- Você é da UFF?
- Sim. Sou. - com aquele olhar de "não te conheço"
- É dentista?
- Sim - piorei o olhar

Aí vem o meu novo amigo, saca o dente da frente (21) na mão e fala: meu dente caiu hoje no asfalto e eu peguei de novo. Você sabe o que eu devo fazer? Estou colando com "Corega" há muito tempo, mas agora não está mais resolvendo. rs. Nem minha mulher sabe que eu não tenho esse dente. Só você sabe.
 
hahaha como assim? Eu só estava munida de roupa branca e CRO. Isso não cola dente!
Não cola dente e, infelizmente, não cola de volta nele a honra de ter o dentinho lá no lugar, fosse ele natural ou  sintético.
 
Até aqui, já deu pra ver que tenho cara (ou roupa) de dentista e pareço confiável. Interessante fazer essa leitura desse jeito, mas o constrangimento dele me falou mais alto. Agora já era. Tinha virado meu problema também.
 
O cara não fez drama algum. Pelo contrário, ficou com o dente na mão, conversou comigo uns cinco minutos sorrindo sem parar, mas me fez "coçar" as mãos e tentar fazer alguma coisa. Sempre há alguém pra ligar e sempre haverá alguém capaz de ajudar um problema que não é seu, mas que chega até você.

Não falta gente precisando de favor. Sobram ignorantes que não entendem que ajudar é um ciclo. Você faz hoje porque amanhã é você quem precisa.

Um belo dia depois, é aniversário da sua mãe, você está fazendo uma festa surpresa pra ela na sua casa. São 15h e a festa vai ser as 19h. Nem o bolo você fez. Aí você entra no Banco do Brasil, pega a senha C0070 (já citei que é BB) e dá de cara com aquele cara do dente colado com a senha C0015. E aí? E aí? E aí?
 
Ele te dá a senha dele. Ou não! Mas e daí? Dane-se!  Ajudar é ajudar! Mexer os pauzinhos para resolver o problema dos outros é dar um passo para mais perto da utópica felicidade.
 
Você nem precisa ser dentista. Você só precisa fingir que o problema dele é seu :)
Vamos animar e todo mundo ajudando velhinhas a atravessarem a rua amanhã. hahaha.  o/


Boa noite!

....e só pra finalizar, no meu caso, vai um "viva" a dr. Tatiane Viana, que vai atender o meu amigo amanhã ;)

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Assalto - correr pra onde?


Na última quarta-feira, 03 de julho de 2013, Niterói me deu "boas vindas" pela segunda vez em cinco meses. Dessa vez, eu não estava sozinha. Davi estava comigo. 
Veio sentado numa moto, portando capacete, na forma de dois caras. O garupa apontou a pistola e disse: não corre, passa o relógio. Daí pra frente você deve imaginar tudo o que aconteceu. Fomos "assaltados" - palavrinha que você conhece bem, principalmente se mora aqui também.

Aí viemos pra casa e mais calmos, parei pra pensar: correr pra onde? Correr pra quem? Me senti num episódio do Chapolin perguntando "E agora? Quem poderá me defender?". Infelizmente, passaram-se 3 dias e eu não encontrei resposta alguma pra minha questão. Se me permite ser sincera, acho que não vou encontrar nunca.
Vivemos debaixo de uma ausência quase total de poder público (ou seria excesso de poder do outro lado?), onde ninguém mais tem voz.
Você vai à delegacia fazer Registro de Ocorrência muito mais pra pedir isenção do duda no Detran do que crendo que alguém vai fazer alguma coisa pra mudar a realidade que você vive.

Cansei. Eu estaria muito menos indignada se eu estivesse voltando de uma festa 1h da manhã, falando no celular numa esquina escura, depois de ter acordado meio-dia daquele dia. Mas não. Nós dois simplesmente voltávamos pra casa depois de um dia inteiro de trabalho. Trabalho esse que rende um dinheiro que o governo come quase todo.
Come o dinheiro meu e gasta com o quê? Com grandes corruptos idiotas que, na mesma hora do dia em que fui assaltada, estavam em suas casas assistindo o Chapolin aparecer quando alguém precisava de defesa. Que belo mundo das maravilhas, senhora Alice.

Me senti invadida. Me senti desprotegida. Me senti péssima. Depois disso, continuei pagando IPTU, continuei pagando a taxa de iluminação pública pra Ampla colocar um poste na rua do Rodrigo Neves (porque na esquina que eu fui assaltada, poste não tinha). Continuei vendo políticos usarem aviões da FAB pra ver a Copa, continuei vendo a polícia espancar o gigante que acordou, continuei no mesmo lugar. Eu e a polícia também.

No dia que prenderem o bandido do assalto, vou perguntar pra ele pra onde eu poderia correr. Ele deve saber.

PS: e só a título de curiosidade, levaram tudo do Davi e nada meu. Não mexeram com meus pertences. Mexeram com meu coração mesmo.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Evangélicos bitolados


Tenho visto o facebook entupido de provocações contra os evangélicos.
Galera, numa boa... esse povo é muito bem resolvido sobre o que acredita. Não perde seu tempo não! Quem teve um encontro com Jesus algum dia não tem nenhuma dúvida do quanto Ele é real e surpreendente. Isso não tem nada a ver com religião, não. Nós sabemos o quanto não somos bitolados, não somos fixados e não somos quadrados.
povo de Deus é um povo realmente completo e o que você enxerga na Globo NÃO NOS TRADUZ!! A gente gosta de música boa, sabe escrever, sabe colocar plural nas palavras, a gente se diverte e dá gargalhadas de doer a barriga.

Crente também tem show e esses sim, camarada, são coisas de louco! Você consegue explicar um bando de gente pulando sem nenhuma gota de álcool no sangue? Isso é doideira!

Nós somos seres pensantes. Estamos na universidade, nas grandes empresas e em grupos de estudo também. Nós não adoraríamos alguma coisa sem noção. Nós adoramos o que conhecemos e, acredite, nós SABEMOS PENSAR.

Muito cuidado pra você não pregar tanto sobre gente que não pensa e se tornar uma delas e isso você faz quando vê uma magrela de olheiras na novela falando estranho e acha que todo crente é assim.

NÃO SOMOS BITOLADOS MESMO! 
"Podem me chamar de maluco.
Podem me chamar de pirado.
Podem me chamar de desequilibrado
Mas eu estou apaixonado!"

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

25 de outubro - Dia do Dentista

"Você não quis medicina?". 
Tem pergunta pior que essa? Me incomoda mais do que o "vai doer?". Rsrs... Pois é. Com respeito aos queridos médicos, não. Não quis fazer medicina. 
Eu escolhi sentar o popô numa cadeira, resolver a dor do cara que teve que sair mais cedo do trabalho, restaurar o dente frente da moça que tinha um seminário pra fazer na faculdade, dar um "dente novo" pra aquele cara que é casado há cinco anos e morre de vergonha da esposa saber que ele usa prótese. Escolhi não machucar a mão porque tenho que trabalhar segunda-feira. Escolhi ter dor na coluna e ser reconhecida só pelo cheirinho de eugenol no ônibus. Escolhi estudar quase 5 anos pra poder, munida de uma carteirinha de três letras,  mandar alguém cuspir e fazer isso com carinho...rsrs. 
Escolhi ser dentista! ! Eu e tantos outros que tomaram essa decisão por puro amor...pena que a gente trabalha de máscara. Talvez dessem mais valor se vissem nosso sorriso ali atrás! PARABÉNS (adiantado) PRA NÓS!
25 De outubro - dia do dentista

Os argumentos do meu sim (noivado)

Sou daquelas que não pensam em noivado como um "firmar compromisso". Compromisso vem muito antes de noivado e requer responsabilidade e lealdade, muito antes de beijinhos, carícias e amassos. Se você começa um noivado pra firmar qualquer coisa, companheiro, já começas do avesso. O noivado é simplesmente um símbolo de uma data muito especial que está perto de chegar ( e ressalto: perto). 
Pra sorte do mocinho chamado noivado, ele também tem as alianças como protagonistas. Ora, ora... os tão sonhados pedacinhos de ouro passam a fazer dos nossos anelares direitos seu habitat. Vem com esses pedaços a liberdade de sonhar alto, de olhar coisas de noiva, de pedir orçamentos de festa, de fuxicar lingeries e revirar sex shops.
Mas vem com o anel também a sensação de cuidar do dono do outro par da aliança, de conquistá-lo e motivá-lo a gostar de você. Não sai da minha cabeça que no meio de tanta gente, foi o meu dedinho que ele escolheu pra fazer de mim a mulher da vida dele pra sempre e cabe a mim deixar transbordar o coração de amor e retribuir essa escolha com a inundação que o amor provoca.

"Pra sempre" mesmo. Quem disse que pra ser feliz pra sempre eu preciso casar várias vezes ou namorar vários homens? Desde quando inventaram um protocolo de felicidade?
Se escolho levar uma aliança no dedo, é porque decidi carregar com ela todo o peso dessa decisão (acreditem, é muito maior que os gramas do ouro). Escolhi ser paciente, optar pela tolerância, pensar duas vezes. Decidi ter peito pra brigar, conversar, re-pensar. Não estou aqui brincando de entrar na igreja com vestido branco - isso eu teria feito nos meus 15 anos.
Estou aqui acreditando no amor, no partilhar a vida, no acordar junto, no cozinhar junto, dividir o lençol, passar roupa, lavar louça, lavar tênis, parar com a eterna mania do 'soneca' no despertador, renunciar o cobertor de pêlo por causa da rinite alheia. Estou acreditando que o mundo não é mais completo sem o Davi.

Não escolhi casar por moda. Escolhi acreditar no 'PRA SEMPRE'.

E foram esses alguns argumentos do meu sim.

De uma "formanda" sendo formada

Estou diante de um grande momento da minha vida. 

Todo mundo tem focado no casamento e me olhado como noiva, mas meu coração não bate só pelo sonho do véu e da grinalda. Desde pequenininha, os dentinhos me chamavam a atenção e martelava na minha cabeça a vontade de trabalhar com eles. 
Fiz os anos da escola, não fui aluna diferencial e nem excepcional. Fui totalmente normal em todos os sentidos,mas o terceiro ano chegou e eu me vi com a oportunidade de correr atrás de um grande sonho. Arregacei as mangas e fui correndo pra aquilo que eu acreditava. Entrei no vestibular sem saber o que era "mol", mas disposta a aprender tudo que eu precisava pra chegar no meu objetivo. Tive uma força sobrenatural e professores excepcionais nessa fase!
Sou filha de pais que não puderam completar seu estudos, mas que têm uma inteligência acima de qualquer diploma. Essa inteligência os fez acreditar em mim e me incentivar a ser "gente grande".
Passei pra UFF, morei 4 anos e mais que meio em Friburgo (greve), morri de saudades dos meus pais e do Davi, chorei de preocupação, aprendi a servir a Deus longe da igreja, engordei, emagreci, fiz novos amigos, alisei a raiz do cabelo, decidi cursar odontopediatria e ser professora (e a endo veio ser trampolim disso), gastei um milhão de reais em xerox que não li, estudei e fui mal na prova, não estudei e fui bem na prova, aprendi a tirar mancha de roupa branca, senti muito frio, vi minha casa pegar fogo, doeu, cresci e hoje, estou há algumas horas de um grande sonho vir a tornar-se real.

Queria muito poder ter todas as pessoas importantes pra mim participando disso. É um sonho muito intenso e pelo qual, eu lutei muito, suei muito e corri muito atrás. Estou muito feliz, porque eu não achei que fosse capaz de chegar aqui, mas é com MUITO MUITO ORGULHO E GRATIDÃO A DEUS que eu digo:

C-O-N-S-E-G-U-I-!

22 anos

22 anos

Aproveitando a figurinha dos dois patinhos na lagoa, o que eu me desejo esse ano é que eu tenha capacidade de flutuar sobre algumas águas que aparecerem. 

Alguém me ligou ontem e chegou na essência do que eu desejo para essa nova idade. A pessoa me desejou que 2013 seja realmente um ano que me faça passar por cima das cicatrizes abertas de 2012, que a dor dele seja zerada e que eu só lembre o quanto crescemos. Que venha um ano de conquistas, de alegria e que tudo se faça NOVO.

Não acredito nada em numerologia. Não acredito em um ano que vai ser feliz porque mudou uma sequência de números ou porque algum planeta entrou em órbita com outra coisa espacial... ihh... nada disso. Mas eu acredito em memórias. Acredito que, nó seres humanos, aprendemos a contar o tempo em anos e cada um deles nos deixa marcas boas ou não. É por isso que eu esperei tanto por essa nova fase. Fase de NOVAS memórias.

Quem me conhece de pertinho e chorou comigo o ano passado, viu que eu queria muito virar a página. Eu quero ter a oportunidade de terminar um ano com marcas menos profundas que as de 2012 e poder ver os meus pais "dançando sobre toda a dor".

É o ano dos 22 anos. É o ano da formatura oficial. É o ano do casamento. É o ano de uma viagem bonita. É o ano que eu mudo de cidade. É o ano em que a obra do Mercado acaba (ahh... mas isso merece um texto a parte).

Que seja uma idade linda, aos pés da cruz do Senhor, sem fumaça nenhuma e de FESTA. MUITA FESTA!
Feliz 22 anos pra mim e pra todo mundo que fez e faz parte disso! 

De um passado que ainda está passando.


Publicado em Facebook:

Hoje é dia 8 de março de 2013 e eu preciso compartilhar uma história.

Neste mesmo dia do ano passado, eu estava na rua em Friburgo (ainda fazendo faculdade) com duas amigas quando um telefone tocou me trazendo a notícia de que um mercado no centro de Arraial do Cabo estava pegando fogo. Imediatamente eu liguei para minha mãe. Quando ela atendeu, ouvi diversas vozes, gritos, sirenes e correrias. No meio disso tudo, eu só consegui dizer:
- Mãe, foi o nosso, não foi?
Ela só chorou e eu entendi.

A partir daquele momento, começou a correria, as ligações, o desespero. Eu só tentava entender o que estava exatamente acontecendo, se tinha alguém na minha casa, até onde o fogo estava indo, se já haviam apagado...um pânico tamanho que eu me recuso a relatá-lo aqui em palavras.

Com medo de me deixarem ir embora dirigindo, Davi saiu de Niterói e me pegou em Friburgo. Só consegui chegar em Arraial meia-noite e pouca daquele dia.
Quando cheguei, me deparei com uma cena inesquecível. A minha casa completamente preta, cheirando a queimado, TUDO derretido e jogado na calçada e um carro de polícia cercando pra que os curiosos não entrassem lá. Não consegui engolir aquela cena e expliquei ao policial que eu morava ali e precisava entrar. Ele deixou.
Fui a primeira a entrar lá. O chão ainda estava quente e uma camada úmida, quente e gordurosa encostou em mim como se me dissesse exatamente o que tinha acontecido. Foi horrível. Eu queria sair dali e ir pra minha casa, a de verdade, branquinha de paredes verdes e com as nossas fotos penduradas.

No outro dia, Deus levantou um monte de gente que foi até lá limpar com a gente. Veja, sabão em pó, querosene, ácido muriático, bombril...tudo pra tentar tirar aquela marca preta da parede. Tiramos todos os nossos objetos e jogamos numa caçamba porque não serviam mais (fogão, geladeira, quadros de fotos, computador, roupas, móveis...tudo). Infelizmente, 3 dias depois a defesa civil condenou o prédio e começou a demolição (a parte mais intrigante pra mim).
Pra resumir a história, ficamos morando por 1 mês na casa de um amigo que emprestou uma quitinete, depois fomos para uma quitinete que a minha mãe tinha e estava alugada. Nesta, nós estamos até hoje.

Hoje, 1 ano depois do acontecido, nós estamos vivos, rendidos ao poder de um Deus que AMA e ama com um amor que eu pude (e ainda consigo) palpar. A obra da reconstrução começou, o mercado já está hoje em fase quase final, se é que posso olhar com olhos de fé mais uma vez. A casa ainda não, mas em breve...quem sabe?
Estive lá com a minha mãe ontem, olhei pra ela chorando e disse assim: mãe, amanhã faz um ano, neh? Ela me respondeu: faz sim. Não deu dessa vez, mas nos dois anos, isso tudo vai ter acabado e vai estar tudo bonito de novo, mais ainda que antes.

Eu não tenho como expressar maior admiração para aquele olhar de guerreira. Ela é o maior exemplo de força que eu já vi em um ser humano. E se alguma professora de português me pedisse um exemplo de ironia, eu responderia que foi a minha mãe ter passado por isso tudo justamente no dia internacional da mulher. Então hoje a minha homenagem é exclusivamente dela porque, diante dela, eu não sei mesmo o que é ser mulher de verdade.

Se mulher é uma outra palavra que define força, PAI E MÃE, feliz dia da força pra gente!