domingo, 15 de dezembro de 2013

Abençoa, Senhor, a minha também.


Ontem, fechamos o último de cinco casamentos seguidos. Se você for mulher, está pensando assim: haja vestido! rs. Foi o que pensei quando recebi todos os convites, mas fazer o quê? Como quase toda brasileira, peguei dois preferidos e me revesei nos casamentos de cidades e famílias diferentes. Deu tudo certo, até as minhas amigas me marcarem no Facebook com a mesma roupa em várias semanas. hahaha. Problema é meu e de quem, como eu, não é filha do dono da dress to :P

Coloquei os mesmos vestidos e os mesmos sonhos. Fui para cada um dos casamentos disposta a lançar sobre eles as mais lindas sementes. Sementes do tipo que eu ainda estou regando em mim e na minha casa, mas que não me custou nada compartilhá-las. 
Levei na bolsa o celular, a carteira, os convites individuais e uma vontade imensa de poder ver as bodas de diamante daquelas pessoas. Sabe por que isso tudo? Porque eu me cansei de gente que empurra com a barriga, de gente que casa por tempo de namoro, de gente que não tem alternativa e gente que desiste do compromisso.

Eu estou afim de gente que fale a verdade, gente que liga o "dane-se" (rs) e resolve remar contra a maré do divórcio. Gosto de gente que quer casar, quer ter filhos e quer viajar pra lua. Eu quero gente otimista. Gente que assume o desafio de ser feliz dormindo junto, mesmo acordando com cheirinho de ontem na boca. rs. 


Pedi a Deus por cada um dEles.
Que haja paciência quando a louça estiver suja e o cônjuge dormindo no sofá. Que haja um pouco de cegueira quando o outro engordar ( e que emagreça rapidinho...haha). 
Que tenhamos sabedoria para lidar com a família, sabendo de cada um o seu lugar. Que a gente tenha discernimento, uma dose a mais de carinho e uma vontade LOUCA  de voltar pra casa pra encontrar o amor da nossa vida ali. 

A gente precisa muito de um mundo melhor e isso está em casa, no cantinho do nosso lar, perto de um banheiro fedorento e de uma cozinha cheirosa - se é que você me entende. 
 Termino como terminei hoje no facebook, com uma oração que me encantou esse fim de semana:


Que nenhuma família comece em qualquer de repente
Que nenhuma família termine por falta de amor
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
E que nada no mundo separe um casal sonhador!
Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte
Que eles vivam do ontem, do hoje em função de um depois
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também
Que marido e mulher tenham força de amar sem medida
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão
Que as crianças aprendam no colo, o sentido da vida
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão!
Que marido e mulher não se traiam, nem traiam seus filhos
Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho
Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também

sábado, 7 de dezembro de 2013

Eu subi uma escada para dormir

Hoje eu subi uma escada que não subia há tempos. Aliás,  subia toda vez que vinha a Arraial do Cabo mas não carregava comigo nenhuma mala. Eu vinha ver, opinar,  limpar....hoje eu vim dormir.
Dormir como não dormia há um ano e nove meses. Ouvi o barulho do mesmo clube de antes, tocando as mesmas músicas de antes. Abri a porta no mesmo lugar de sempre, só que usei outra chave desta vez.

Ela continua verdinha, como se nada tivesse acontecido aqui. As paredes e quartos já não estão no mesmo lugar.  Estão mais bem posicionados agora.   Ainda não tem box, geladeira, sofá e nem panela...mas não fez falta alguma.  Nós só viemos dormir.

Vim dormir no meu passado mais doce. Vim dormir dentro de um sonho realizado. Um sonho de piso branco, paredes verdes e portas claras. Preto aqui só tem o que a gente escolheu,  só decoração.
Aos poucos, as coisas estão vindo pra cá,  mas tenho certeza que elas vão se sentir como eu me sinto agora.  Nós nunca saímos daqui.

Não só dormi. Eu tomei banho também. Me enxuguei com felicidade. Tomei dois banhos.
 Um de água por fora e o outro de fé,  por dentro.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

As coisas nunca mudam

Nem o tempo nem os ventos e nem os pontos. É um processo que passa, outro que chega. Agora...mudar? Não. Nada muda.

Cada um tem em si seus medos, seus ladrões e seus boicotes. Tem e sempre terá. Você pode contorná-los, negá-los ou adiá-los, mas continuam pertencendo a você, ao seu monstro, ao seu bom samaritano.
Não se incomode. De forma alguma seria isso ruim. Nada muda para o bem e nada muda para o mal também.

A criança que tomava banho de chuva andando de bicicleta continua tomando banho de chuva quando esquece a sombrinha. A pequena diferença é que hoje ela está de uniforme, sapato bonito e portando uma carteira com alguns documentos de gente grande. Nada mais. Continua a mesma criança. Continua a mesma chuva.

É só uma questão de perspectiva. 
Observe avessamente. Você vai ver que seus brinquedos mudaram, suas responsabilidades aumentaram, mas você ainda quer dormir até tarde, ainda quer faltar aula/trabalho quando está se sentindo mole, ouvir histórias até cansar, acordar sem arrumar a cama,ainda quer comer brigadeiro até ter dor de barriga e entende direitinho quando seu filho quer sair sem hora pra voltar. Você é assim. Até hoje é assim, mas seu sono não te deixa mais, seu trabalho não te deixa mais, sua moral não te deixa mais. Você não se deixa mais.

Aí você complica a engrenagem, não complica? Nada. Não complica não. A engrenagem anda emperrada mesmo. É todo mundo assim, menos os velhinhos. Ahh os nossos velhos, que já não ligam para o que pensam e já tem uma bela imagem formada. Eles, sim, estão por aí fazendo xixi na cama, dormindo até a hora que querem, há anos não pintam o cabelo e rolam no chão com os novinhos sem julgar ninguém. Eles dão balas para as crianças, fazem piadas de sexo (hoje um disse que vai levar um peru pra cada uma lá na clínica...haha) e não marcam hora para ir e nem para voltar. Benditos senhores, dignos do título!

A engrenagem não sabe rodar como antigamente. 
As coisas nunca mudam. As coisas nunca mudarão. Nem os pontos nem os ventos e nem o tempo. Este, principalmente, não muda, só passa.